quinta-feira, setembro 10, 2009


Estava capaz de pegar na velha mala verde com rodinhas e de nela enfiar, sem pensar demasiado, uma meia dúzia de mudas de roupa, uns livros, não muitos, e o essencial para os devidos cuidados de higiene e limpeza. E ainda um perfume. O "Intense" do Hugo Boss, um dos meus favoritos, por ser doce, por ser intenso. Mulher que se preze não sai à rua sem perfume .



Pois estava capaz de ir rever Florença. Sim, Florença, porque não? Sempre sonhei poder um dia lá voltar. Esta frase cheira-me a frase feita, mas é o que se pode arranjar. Nunca prometi ser muito original. Desengane-se quem visita o blog da Margarida em busca de intelectualidades. A Margarida é simples, como a flor que lhe deu o nome.


No entanto, não estou aqui para falar da Margarida. Está de férias e não a vou perturbar. É por ela estar de férias que eu achei que podia sair daqui. Também sou filha de Deus, ora essa!

Mas desta vez, não iria a Florença numa viagem organizada pela agência A, B ou C. Os guias são maçadores, são demasiado organizados para fazer juz às suas agências e não nos deixam ver aquilo que verdadeiramente queremos ver. Pegam no chapéu de chuva vermelho, levantam-no no ar ar qual estandarte e gritam o tempo todo : "Follow me! Follow me! E depois passam a vida a contar-nos, não vá algum perder-se, como se fossemos meninos do jardim infantil em passeio ao Zoo ,no dia mundial da criança.

Não. Desta vez, nada de viagens organizadas. Poderia apetecer-me ficar horas na Piazza a dar milho aos pombos. Também poderia apetecer-me adormecer junto à estátua de David, sonhar com o Leonardo Da Vinci, rezar um Pai-Nosso pela Alma do Miguel Angelo, reler o Príncipe do Maquiavel... São estas coisas que os guias sempre nos impedem de fazer.

Estou seriamente capaz de ligar à Margarida e de lhe dizer:

- Olha, se eu não estiver em casa quando regressares não te alarmes. Parti para Florença. Arriverderti! Ciao!

Será que em Florença vendem milho para dar aos pombos? Hum...