
A Margarida sabe de um caminho que leva a um planeta secreto e longínquo. Um caminho de luas e de estrelas e de areias douradas. Um caminho de mar.
Nas noites quentes de luar, naquelas noites em que o silêncio da praia lhe permite ouvir a voz do coração, Margarida põe-se à escuta. E é nesses momentos que as palavras lhe chegam e lhe contam dos sonhos, da vida, do nascimento, da dor, do amor. As palavras contam-lhe dos livros e dos textos, das cantigas e dos poemas e de toda a felicidade contida nesse planeta longínquo.
Margarida, como uma aluna aplicada, pega na caneta e no seu caderninho de capa preta e escreve. Toma nota de tudo quanto ouve , colocando vírgulas nas pausas menores e pontos finais nas pausas maiores. Coloca sobretudo muitos pontos de exclamação e, para terminar, um enorme e bojudo ponto de interrogação.
Porquê ? - pergunta-se - Porque hei-de ser eu a detentora do segredo?
Mas a voz do coração não lhe responde. Obriga-a a respirar fundo e a meditar. Obriga-a a respirar ainda mais fundo e a encontrar as respostas dentro de ela própria, naquele recanto onde só a sabedoria impera, naquele recanto onde não há lugar para dúvidas nem para medos.
Margarida inspira e expira e faz muitas perguntas a si mesma.
Ela nunca me contou totalmente o seu segredo. Nunca me disse onde fica o planeta longínquo. Talvez seja apenas o produto da sua imaginação tão fértil. Ou não. Mas deixo-a pensar que tudo é real e espero que um dia ela encontre as respostas.
- Acreditas em vidas passadas ?
- As perguntas que tu me fazes, Margarida!
- É que, às vezes, tenho a impressão...
Às vezes, eu é que tenho a impressão de que a Margarida não me conta todos os seus segredos. Mas como? Se ela é a menina dos meus olhos e eu só quero que ela seja feliz?
Nas noites quentes de luar, naquelas noites em que o silêncio da praia lhe permite ouvir a voz do coração, Margarida põe-se à escuta. E é nesses momentos que as palavras lhe chegam e lhe contam dos sonhos, da vida, do nascimento, da dor, do amor. As palavras contam-lhe dos livros e dos textos, das cantigas e dos poemas e de toda a felicidade contida nesse planeta longínquo.
Margarida, como uma aluna aplicada, pega na caneta e no seu caderninho de capa preta e escreve. Toma nota de tudo quanto ouve , colocando vírgulas nas pausas menores e pontos finais nas pausas maiores. Coloca sobretudo muitos pontos de exclamação e, para terminar, um enorme e bojudo ponto de interrogação.
Porquê ? - pergunta-se - Porque hei-de ser eu a detentora do segredo?
Mas a voz do coração não lhe responde. Obriga-a a respirar fundo e a meditar. Obriga-a a respirar ainda mais fundo e a encontrar as respostas dentro de ela própria, naquele recanto onde só a sabedoria impera, naquele recanto onde não há lugar para dúvidas nem para medos.
Margarida inspira e expira e faz muitas perguntas a si mesma.
Ela nunca me contou totalmente o seu segredo. Nunca me disse onde fica o planeta longínquo. Talvez seja apenas o produto da sua imaginação tão fértil. Ou não. Mas deixo-a pensar que tudo é real e espero que um dia ela encontre as respostas.
- Acreditas em vidas passadas ?
- As perguntas que tu me fazes, Margarida!
- É que, às vezes, tenho a impressão...
Às vezes, eu é que tenho a impressão de que a Margarida não me conta todos os seus segredos. Mas como? Se ela é a menina dos meus olhos e eu só quero que ela seja feliz?