sexta-feira, maio 02, 2008



Margarida e a janela

Havia, naquela janela, qualquer coisa de misterioso e místico. Margarida, só há mil vidas, procurava adivinhar a sombra, que passearia do lado de lá da cortina, os títulos dos livros repousando nas velhas estantes de madeira, umas mãos quentes prometedoras de carícias, talvez a película de um antigo filme ou quiçá a voz quente do Bécaud...

Havia, naquela casa, um enorme ponto de interrogação.

Margarida, detentora da chave dos Sonhos diluídos, portadora das palavras e das marés nocturnas, senhora dos números e das alquimias, escutava a voz do vento bailador por entre as flores.

______________________E sorria!

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